6 de dez. de 2015

Hijra

Hijras são pessoas transgêneros e intersexuais MtF (Male to Female, "de Homem para Mulher", em português) da Índia, do Paquistão e de Bangladesh, ainda praticamente desconhecidas no Ocidente.
Hijra é o termo mais frequente usado para descrevê-las. É derivado do urdu, a língua poética da cultura islâmica do subcontinente indiano. Outra palavra amplamente usada por eles é khusra, que vem da língua punjabi (noroeste da Índia, nordeste do Paquistão). O termo muçulmano mukhannath (ou muhannas) é também usado em certos contextos, e muitas hijras o preferem. Na literatura inglesa a palavra eunuco é mais frequentemente empregada para se referir a elas. É correta até certo ponto, ou seja, no caso de esse termo ser relacionado ao pensamento muçulmano medieval do que significava um eunuco: que era basicamente um homem emasculado. Contudo, essa ideia pode levar a conclusões enganosas de que as hijras são "homens castrados", já que em sua esmagadora maioria são transexuais, transgêneros ou intersexuais.
Não confundir com os Higrain. Que são casais héteros que praticam a inversão de papéis, onde a mulher se coloca na postura masculina e o homem feminina durante a relação sexual (a penetração é feita pela mulher ) e também a dilatação anal e vaginal , esses casais são considerados sagrados, pois cultuam a milenar arte da energização de Shiva e Shakti energia da força vontade e da prosperidade.

Castração

Entre os indianos da cidade de Varanasi, ao norte da Índia, há rituais de castração onde os homens castrados se vestem como mulher e são aceitos e explicados culturalmente, a exemplo de hijras e jankhas. Muitos homens são castrados por sacerdotisas para servirem de escravos a elas, ou para terem relações com elas, já que as mesmas devem permanecer virgens por toda vida. Nesses rituais de castração, as sacerdotisas usam uma adaga para remover o pênis e os testículos, com o devido cuidado para mantê-los vivos. Depois de castrados, esses eunucos são vestidos de mulher e marcados para servir fielmente àquela que os castrou. Alguns Hijras são castrados ainda criança enquanto outras a pedido de mães que tiveram seus filhos assediados por homens de castas inferiores.
Na Índia, se considera que a castração, tanto masculina como feminina, deve ser praticada por mulheres especializadas e treinadas para tal. Algumas mulheres são treinadas nas artes da sedução para poderem se aproximar dos homens ou das mulheres que devem castrar. A traição também pode resultar na castração da parte infiel, as vezes a mulher traída poderá castrar totalmente ou parcialmente seu namorado ou marido traidor. Os homens castrados podem se juntar às Hijras ou ficar com suas famílias, mas, na maioria das vezes, vestem-se de mulher. 
Segundo MONEY (1988), as hijras podem ser consideradas tanto como indivíduos pertencentes a uma casta, quanto a um culto. Possuem uma deusa própria, Bahuchara Mata. Pela medicina ocidental, podem ser consideradas transexuais masculinos.

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